Friday, April 21, 2006

La Burocracia

Portugal em geral bem pode estar contente com a sua propria imensurabilidade. Temos uma máquina estatal não muito operacional. O esquema, basicamente, funciona assim: O Estado cria institutos (o que implica uns quantos tachos intocáveis) para fugir ao estado. Só falta criar mesmo um: Instituto do Estado para fugir ao Estado dos institutos.
Um exemplo prático pode ser dado pelos Pdm's (Planos directores municipais). Para ser aprovado um Pdm em qualquer um concelho municipal deste "enorme" país, são necessários cerca de 6/8 anos. Até à sua aprovação, passa por 28 institutos diferentes, todos eles importantes, para o tacho, obviamente. Agora eu pergunto: PARA QUE SERVE A SECRETARIA DE ORDENAMENTO TERRITORIAL?? Para dirigir os ditos cujos institutos?... Enfim...
E isto é uma doença.. Vai desde os funcionários públicos que nos atendem quase por favor, subindo por hierarquias até ao cabeça "grande" desse ministério. Tudo isto é triste, tudo isto enfada!
Existe um documento, assinado por alguem tao incompetente, que nem vale a pena ser citado, porque até tenho pena do dirigente em questão. Reza assim:
O senhor """""""""""""", na qualidade de falecido, está assim notificado para comparecer na repartição de finanças de """"""""""""""", a fim de poder efectivar o levantamento da sua certidão com um prazo de 10 dias a partir da recepção da carta. Atentamente .......
Por amor de Deus!!!!!!! Ao menos ainda teve 10 dias para poder sair do cemitério e ir levantar a requisição, imaginem se fosse menos tempo. a tudo isto eu digo assim:

ENFIM........................................

Tuesday, March 28, 2006

Tipo....

Hj tou tipo, colado, naquele tipo de colanço tipico de quem é tipicamente neurótico de uma forma tipo coiso, se é que, tipo, me estão a entender. Portanto, um tipo é constantemente assaltado por uma série de pensamentos tipicos de um tipo de pessoas que, tipo, envolvem mais coisas que é do tipo, habitual para pessoas que estão tipo mais preocupadas com outros tipos do que com os tipos de tipo, estereótipos, tipicamente robotizados nesta sociedade tipica. E o que preocupa muitas pessoas é mesmo o tipo de pessoas que, tipo, lidam com elas diariamente mas que não se enquadram no tipo de pessoas que elas mesmas almejam ser, um sonho mortal tipico.
E tipo, ainda conseguem definir o tipo??

Momentos

O momento de um dia a nascer, o momento de um dia a acabar. Porque o verdadeiro momento é aquele momento em que só existe esse momento e mais nenhum. O momento.

Friday, March 24, 2006

A Angústia inserida no tempo

Esta dor. Este aperto em conluio íntimo com o meu inconsciente conduz-me a este desespero vago. Vago porque não identifico o mote que activa esta sensação em mim, esta angústia. Apenas identifico um conjunto de razões e passagens que me trazem de volta a este estado. Como um vai e vem constante em que nunca sei realmente para onde vou e por onde venho, apenas o caminho e a mágoa que ele traz é identificável. Porque a sinto e dói imensuravelmente. Pertence a uma pessoa só, e desalenta reconhecer que as pessoas não são aquilo que são, ou o que nós queríamos que fossem.
Contudo, a angústia de não nos sentirmos realizados (ou "ansiedade de status") nesta meritocracia inválida em que vivemos, leva a esta falsidade constante. Porque queremos mais e não nos resignamos àquilo que temos. Porque somos bombardeados estimulantemente por uma série de condutas e imagens. Aquilo a que eu chamo sem qualquer problema de sociedade da imagem. E a imagem é exactamente aquilo que a palavra significa. Uma imagem, uma superficialidade vaga com a qual eu não consigo co-existir. Porque rebusco-me constantemente em busca de uma profundidade significável que não se resuma a uma mera aparência, na esperança de que isso que me traga uma resposta válida, plena de sentido existencial. Desdenha-se o que não se tem, e desdenham-nos o que temos. Porque o que não possuímos é sempre melhor que o que já temos. E aquilo que vamos ter nunca vai ser invariavelmente melhor que o que ainda podemos ter. Porque é que se promove nesta humanidade a realização pessoal através de um mérito inexistente? Porquê? E depois é como uma doença que se espalha, que ataca sociedades em todo o mundo, em que aqueles que são pobres vão querer deixar de o ser, e aqueles que já são ricos não vão querer o reverso da medalha. Porque nem todos podem ser pobres, e contudo, nem todos podem ser ricos! E é este o verdeiro mérito da meritocracia em que vivemos. Termos aquilo que os outros não têm transforma-se num objectivo existencial.
Mas como um lado da balança equilibra o outro, e vice-versa, podem ser pobres materialistas, mas com toda a certeza são ricos sentimentalistas. E isso ninguém lhes tira. Apenas uma coisa, o dinheiro. Quem o tem esqueceu-se que sente e quem o não tem sente sem ter. E porventura, talvez seja essa a chamada "estalada de luva branca" da vivência metafísica. Nunca se tem tudo o que se quer, porque segundo a lei mais básica do Universo, para se ganhar algo, perde-se algo. É a lei da compensação por mais valias.
Eu não sou melhor que ninguém. Sou pobre e a balança compensa-me. Porque prefiro sentir. Porque prefiro amar. Porque escolho a verdeira amizade sobre a imagem de amizade. E isso leva-me a esta angústia inserida no tempo.
São escolhas e cada um faz as suas próprias escolhas. Porque uma sociedade de imagens inexistentes transmitidas por sentidos ópticos só servem para entreter o gado enquanto pasta.
E eu não quero ser entretido por uma "Playstation social". Quero jogar o meu jogo com as minhas regras. Se isso incluir angústia, é apenas um nível para passar.
Conscientemente, não uso "cheats" porque simplesmente não gosto de enganar aquilo que sou.

Thursday, March 23, 2006

Porquê?

Porquê o mundo? Porquê a vida? Porquê os sentimentos?
Honestamente, não seríamos seres mais simples e felizes se só tivessemos uma única maneira de viver a vida? Sem julgar, sem pensar, sem sentir e apenas observar?
Eu acho que sim. Porque aí acabava-se este turbilhão complexo de vidas, pessoas, julgamentos, problemas, sentimentos e reflexões. E a felicidade é mesmo a inocência de não pensar. Simplesmente ver e sentir a perfeição..
Não é isso que nós todos no fundo procuramos? A inocência?

Tuesday, March 21, 2006

Realidades?

Eis mais um dia que chega... Compreender dias? É um trabalho inútil.. Só se torna realmente uma dedicação inconsciente com a ociosidade presente.
Uma vida desperdiçada? Desperdicio é assumir que a nossa humanidade ambiciosa se sente realizada com tudo o que nos rodeia, com tudo o que temos e com tudo aquilo que sonhamos invariavelmente que vamos um dia ter. A própria realidade é um tema controverso. O que é a realidade aos nossos olhos? 1 conjunto de anormais inseridos numa sociedade "dita" normal? Ou um conjunto factorial de sensações transmitidas por células nervosas? Melhor ainda: Uma realidade em cada um de nós? Para as pessoas anormais, será a primeira, porque vivemos numa sociedade perfeita em que cada um se preocupa com o próximo, em que o trabalho vem em primeiro lugar, logo seguido pela "mariazita" que cuida dos filhos e que de quando em vez, digamos assim, passeia os cornos (quando não são os dois!), situação essa reprimida frontalmente por toda a sociedade mas assumida interiormente como uma mea culpa transeunte. O remorso pelo proximo não passa de um sentimento irrelevante que se guarda para dentro em vez de ser exprimido sinceramente, o que origina estas situações caricatas em que aquilo que se diz não corresponde em 99% dos casos integralmente ao que se faz. E a derrota humana sobre a consciencia? Ganha a consciencia, perde a humanidade. Porque custa mostrar que somos humanos, porque custa assumir que erramos, porque para todos nós sem excepção nós somos os maiores, e os outros são apenas um nome inscrito em um BI qualquer numerado. E é essa a nossa identificação. Um mero número
Para os que escolheram a 2ª opção, só vos digo uma coisa. Falhados. É um verdadeiro empirismo herculiano para pessoas assim assumirem que a realidade lhes é transmitido por algo que não vêm, mas sentem como algo que um documentário mostra. E é isso? "hoje tenho as minhas sinapses a receberem pouca endorfina, por isso estou infeliz, e por isso penso tristemente" No comments.
Eu vou na terceira opção. Porque a realidade não passa de uma não-realidade permanente aos olhos dos outros sobre a nossa propria realidade, porque sim, ela está em cada um de nós.
Se discordaram desta explicação tão simples é porque são os da primeira opção. Meros mortais com sonhos e valores constantemente violados por vós mesmos.
E sentem-se bem com isso, Parabéns.

Ha 1 principio...

Hoje é 1 principio. O principio do Susceptibilidades. O fim é quando me apetecer... sem aviso, sem noticia... apenas uma susceptibilidade indiferente a qualquer um de vós, porventura a própria indicação egoísta que sugere a minha indiferença por qualquer tipo de leitor. Apenas a partilha condicionada de pontos de vista com simples pessoas excessivamente auto-criticas em relação ao que os rodeia e com paciência, suficientemente esquizofrénicas em relação á normalidade anormal que nos circunda ao longo de uma vida consumista. Consumista da mente, da identidade e da personalidade, em que relações pessoais são "copy-cats" de um merchandising absurdo e indelével.
Buscam respostas?
Eu também.