Entre soluçares inesperados
que lágrimas são estas?
Será que não prestas?
Pensava secos
esses aquíferos
que nasciam de meus olhos
com teus comentários míseros
Vejo-os renascidos
descendo por rios
de lágrimas
que a face lambe
a pele engulfa
olhos molham
e alma sangra
Não é a primeira vez
não são duas nem três
que nem tudo é dito
mas tudo parece cortês
Queria eu saber
porque escolhes a minha dor
com realidades falsas
vividas (cautela!)
a teu bel-prazer