Thursday, November 29, 2012

Barbarella & Barba Rala

Teremos sempre Paris
construido de raíz (hum, hum)
com cobertores no chão

p'ra que o tempo não gangrene

o nosso outro nos saia (hmmmm, hmmmm)
retorno ao ser etéreo

tinta preta doce mel

entre favos de papel (hmmmm, hmmmmm)
os medos lambuzados

recuamos para a frente

tango pouco inteligente
avançamos para trás
tango muito eficaz...
ou Não

no velho carro ligeiro

eu fui sempre passageiro (hmmmmm, hmmmmm)
voces foram par pra sempre

escuro comprometedor

era um tunel do amor (hmmmmm, hmmmm)

e eu só liguei os mínimos

acercamo-nos instantes
se queremos ser estudantes (hmmmm, hmmmmm)

morramos em tienanmen


recuamos para a frente

tango pouco inteligente
avançamos para trás
tango muito eficaz
ou Não

choramos os nossos risos

fados muito imprecisos
rimo-nos dos nossos ais
fados pouco casuais
ou Não...

Tuesday, November 20, 2012

Émulos

Foi como amor aquilo que fizemos
ou tacto tácito? – os dois carentes
e sem manhã sujeitos ao presente;
foi logro aceite quando nos fodemos
Foi circo ou cerco, gesto ou estilo
o acto de abraçarmos? foi candura
o termos juntos sexo com ternura
num clima de aparato e de sigilo.

Se virmos bem ninguém foi iludido
de que era a coisa em si – só o placebo
com algum excesso que acelera a líbido.

E eu, palavrosa, injusta desconcebo
o zelo de que nada fosse dito
e quanto quis tocar em estado líquido.