Monday, April 22, 2013



She -Another day goes by without you.. uhh
He - The other night I tried to miss U
Am I too con to my?
It's easier to go blind
She - Just to believe in you, I'll die
I'll diee

Each morning you wake up beside me
yeahh... youuuu
He - I feel you sleeping away behind me
I used to blind to my
It's easier to stop trying
She - I'm such a fool for you, I'll die
I'll dieee

Both - I've shouldn't be like this
Should be full of bliss
We should seal it with a kiss
But you say,
enough of this

She - I've shouldn't be like this
next time make sure U miss

He - I've shouldn't be like this
Should be full of bliss
We should seal it with a kiss
But you say,
enough of this

Both - It shouldn't be like this
Should be full of bliss
We should seal it with a kiss
But you say,
enough of this

She - tururururu ooohh
I'll die, I'll die
tururururu ooohh
and I'm dying, I'm dying
tururururu ooohh
No!
tururururu ooohh
I'll die, I'll die

ohh
No

I and you

He and She - I've shouldn't be like this
shouldn't be like this
shouldn't be like this
shouldn't be like this
shouldn't be like this
shouldn't be like this
shouldn't be like this
shouldn't be like this
shouldn't be like this

No.

Tuesday, April 09, 2013

Carpem-me esse diem

In Publico

"Carpem-me esse diem

Nós, Geração Y, estamos dispostos a mobilizar cromossomas de encontro à única fonte de mudança que ainda nos deixam governar: o monstro nas nossas cabeças
Texto de Mariana Seruya Cabral • 09/04/2013 - 12:45

Somos uma geração com nome de cromossoma. Às vezes chamam-nos "Millenials", outras vezes Geração Y, não sei, todos me parecem nomes demasiado adornados para a decrepitude em que estamos. Somos sim a geração qualificada, flexível e faz-tudo, malabarista dos "gadgets", a geração que estudou e lutou pelo lugar ao sol, mas que chegou à idade de agarrar a vida pelos colarinhos e só encontrou sombra.

Há quem diga que esta geração vai ficar para tia, qual solteirona chegada aos "entas" que leva com "bouquets" na cara, mas noivo nem vê-lo. No entanto, sou da opinião que esta geração tem um mérito extraordinário: a vontade de combater a neurose. Tem vindo a aperceber-se de que uma das medidas de combate à crise é evitar abusar da palavra "crise", que já fede de tão bafienta. Recuso-me a contribuir para o monpólio deste vocábulo nos "clippings" nacionais, por isso vou substituí-lo por "vadia".

Deixámos que os políticos e os meios de comunicação fossem longe demais. Demos demasiada confiança à desconfiança e esta vadia deixou de ser uma conjuntura para ser um estado espírito, sintomático e manipulador. É tão presente que chega a ser física, dói-nos no sítio onde tomamos as decisões e fala a língua do medo, da desconfiança e do torpor. Rouba-nos o oxigénio que outrora nos levava a fazer planos impulsivos a cinco, dez, 30 anos de distância, com alpendres bonitos e descendência abundante.

Mas a vadia dá-nos ousadia. Quando se tem pouco é-se criativo a fazer mais com menos. Sinto que, aos poucos, e de forma discreta, temos sido capazes de reinventar estilos de vida sem que a vadia estivesse presente em cada vez que escolhemos "low-cost" em vez de normal, atum em vez de marisco. Nós, Geração Y, estamos dispostos a mobilizar cromossomas de encontro à única fonte de mudança que ainda nos deixam governar: o monstro nas nossas cabeças.

Não vamos ficar para tia
Sinto que estamos melhores a decidir o que é importante. Mais do que nunca nos revemos em mensagens "carpe diemistas" e procuramos evasão em prazeres simples, seja em modo natureza, refeição caseira, corrida à beira-mar, convívio em família. Precisamos de dar tempo de antena aos outros sentidos: olfacto, tacto, audição e, acima de tudo, um merecido "reboot" à visão (arrisco dizer que muitos olhos já viciaram o reflexo de Pavlov ecrã = trabalho).

Sinto que estamos melhores a seleccionar informação. Reagimos à falta de tempo com a escolha minuciosa dos tópicos de interesse. O nosso Google Reader — paz à alma dele — é a nossa bíblia, a barra de Favoritos a nossa bússola digital. Não só estamos decididos a absorver informação em quantidades humanamente razoáveis, como queremos que ela realmente acrescente valor.

Em tempos difíceis, damos por nós em reuniões de trabalho, daquelas que sugam a alegria de viver, a ruminar sobre o sentido da vida: “Será que chega trabalhar para os meus chefes, e os meus chefes para os seus chefes, num ciclo fechado que só beneficia os seus e a própria empresa? Para depois entregar metade ao Estado?”

O contraciclo obriga a questionar. E a cravar mais fundo a pegada, porque o terreno é hostil. Posso estar enganada, ou porventura ter uma amostra não representativa da maioria, mas estou convencida de que os millenials de hoje querem ajudar o seu futuro-adulto a não se arrepender das coisas que não fez. Podemos ter de ser mais pacientes, penar ou emigrar, mas não vamos ficar para tia."