Monday, January 20, 2014

São lágrimas de sangue

Entre soluçares inesperados
que lágrimas são estas?

Será que não prestas?

Pensava secos
esses aquíferos
que nasciam de meus olhos
com teus comentários míseros


Vejo-os renascidos
descendo por rios
de lágrimas
que a face lambe

a pele engulfa
olhos molham
e alma sangra

Não é a primeira vez
não são duas nem três

que nem tudo é dito
mas tudo parece cortês

Queria eu saber
porque escolhes a minha dor
com realidades falsas

vividas (cautela!)
a teu bel-prazer

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